A atual Freguesia de Lourinhã e Atalaia, constituída na sequência da reforma administrativa territorial das freguesias, que ordenou a sua agregação como União de Freguesias, tem a área total de 46,47 quilómetros quadrados, equivalente a cerca de 32% da área do município e uma população residente de 11755 habitantes, que representam cerca de 46% da população total do município.
Está localizada, cerca de 20 km, em todos sentidos, dos municípios vizinhos, respetivamente a Sul de Peniche a Oeste do Bombarral e a Norte de Torres Vedras. Situa-se 70 quilómetros a norte de Lisboa e dista do Porto cerca de 300 quilómetros.
A Freguesia de Lourinhã e Atalaia possui uma boa acessibilidade, a nível municipal e intermunicipal, tem como limites administrativos: a Norte o Concelho de Peniche; a Oeste o Oceano Atlântico; a Nordeste a União das Freguesias de S. Bartolomeu dos Galegos e Moledo; a Este a Freguesia de Moita dos Ferreiros; a Sudeste a União de Freguesias de Miragaia e Marteleira e a Sul as Freguesias de Santa Bárbara e Ribamar.
Apesar da origem do seu nome, “Lourinhã”, ser muito anterior à nacionalidade, a história da Freguesia, na sua origem incluíndo a área geográfica da antiga freguesia da Atalaia, é quase a história do município até meados do séc. XVI, pois até essa época a paróquia abrangia a Vila da Lourinhã e todo o concelho.
Com uma situação privilegiada junto ao mar, clima ameno, atravessada por um rio, navegável até provavelmente inícios do séc. XX, a Lourinhã era rica em florestas, caça e terrenos férteis. Um habitat perfeito, como comprovam os vestígios da presença humana desde sempre: do Paleolítico, passando pelo Mesolítico, Neolítico e Calcolítico.
Com o decorrer dos milénios, passaram por aqui muitos povos, além Romanos, Bárbaros, Visigodos e Árabes, até à época da Reconquista, altura em que foi conquistada por D. Afonso Henriques. Desta altura, resultou a doação a D. Jordão, um dos cruzados franceses que ajudaram na reconquista de Lisboa, para a povoar. Data de 1160, o primeiro foral da Lourinhã, que até 1863 foi um senhorio, entregue aos sucessivos Donatários da Lourinhã.
A ex-freguesia de Atalaia, agora de novo reunida à freguesia da Lourinhã, tinha sido criada a 4 de Outubro de 1985 e, nessa altura desanexada da freguesia de Lourinhã, pela Lei nº101 da Assembleia da República, e manteve-se autónoma até à publicação da recente lei que criou as novas freguesias, a referida, Lei 11-A/2013, de 28 de janeiro.
Embora de instituição bastante recente, o povoamento do território desta ex-Freguesia pode considerar-se também muito remoto. A proximidade de Lourinhã, como os seus vestígios pré-históricos servem de prova, assim como o seu topónimo, parecem indicar a existência de alguma atalaia dos lusitanos, ou seja, um posto de vigia que assegurava o sistema de defesa das suas populações. O topónimo “Atalaia” deriva do árabe “at-talaiya”, significando “torre de vigia”, que pode referir-se a uma construção ou a um local elevado que permitia uma boa vigilância.
Apesar da Freguesia da Atalaia ser essencialmente agrícola, os seus habitantes não descuram o mar, sendo muitos deles pescadores e mareantes, razão pela qual escolheram Nossa Senhora da Guia para sua patrona.
No plano económico, qualquer das duas freguesias, agora reunidas numa só, tem uma atividade, bastante importante, muito centrada no sector primário, apresenta um forte desenvolvimento recente do setor terciário do comércio e serviços, mantendo uma importância reduzida no setor secundário das industrias transformadoras.
O Museu da Lourinhã, está situado bem no centro da vila da Lourinhã, apresenta um valioso espólio composto por quatro secções: Arqueologia, Arte Sacra, Etnografia e Paleontologia. Este Museu possui a maior coleção ibérica de fósseis de dinossauros do Jurássico Superior e uma das mais importantes a nível mundial.
Morada: Rua João Luís de Moura, Lourinhã;
Telefone:261 414003 – Exposição e visitas;
E-mail: geral@museulourinha.org
É um parque temático dedicado aos dinossauros e é o maior museu ao ar livre em Portugal. Esta exposição de dinossauros permite observação de mais de 180 modelos de espécies de dinossauros à escala real e cientificamente comprovados, divididos pelos 4 mais importantes períodos da história da terra e da evolução da vida e pelo novo percurso de 2019 – Monstros Marinhos.
Morada: Rua Vale dos Dinossauros, 25 – Abelheira, Lourinhã
Telefone: (+351) 261 243 160
Coordenadas GPS: 39.278501 , -9.293023
Email: geral@dinoparque.pt
O PR1 “Rota dos Dinossauros” inicia-se junto ao Museu da Lourinhã, que integra uma valiosa ala de paleontologia, decorre ao longo de uma extensa e fértil várzea agrícola, prolongando-se por uma fantástica orla costeira e terminando no Forte Paimogo. (Folheto em www.cm-lourinha.pt)
A Igreja Matriz da Freguesia da Lourinhã, dedicada a Santa Maria, conhecida como Igreja de Santa Maria do Castelo é um monumento gótico da segunda metade do séc. XIV, com duas fases de construção, sendo a primeira atribuída a D. Jordan, 1º donatário da Lourinhã, e a segunda a D. Lourenço Vicente, Arcebispo de Braga, natural da Lourinhã e seu donatário.
A planta é constituída por uma nave central, duas laterais e uma abside poligonal. A nave central, mais alta e mais alargada, está separada das laterais por oito arcos ogivais de grande elegância, sustentados por colunas monolíticas com três metros de altura, rematadas com maravilhosos capitéis embelezados com motivos vegetalistas, todos eles diferentes. (www.cm-lourinha.pt)
Morada: Rua Dr. Adriano Franco, Lourinhã.
Contatos: 261410127, turismo@cm-lourinha.pt
Classificado como monumento nacional, o Convento de Santo António pertenceu à Ordem Franciscana e foi fundado em 1598. O claustro é de forma retangular, de dois pisos, sendo o superior sustentado em toda a volta por colunas estilo toscano, tendo pilares nos quatro ângulos. As paredes do piso inferior estão revestidas em toda a volta por um lambril de azulejos do séc. XVIII. A igreja do Convento de Santo António, exteriormente é caracterizada pela sobriedade e simplicidade do edifício.
Na fachada principal, voltada a noroeste, destaca-se o pórtico com um frontão triangular ostentando a Cruz de Cristo, acima podemos admirar o óculo. Do lado direito da fachada principal, destacam-se os contrafortes e duas saliências que constituem as capelas. Na parede à esquerda da fachada, ergue-se a Torre Sineira.
O edifício sede da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã, datado de 1586 é constituído por três construções distintas, de três diversas épocas e estilos que não lhe retiraram uma unidade bastante harmoniosa.
No centro do edifício ergue-se a Igreja, com data de 1626, é um templo de características renascentistas, de uma só nave, de teto de masseira e paredes estucadas. O retábulo do altar-mor é do séc. XVIII, assim como a tribuna dos mesários e a Capela do Senhor dos Passos, em talha dourada barroca.
A nascente da Igreja encontra-se a parte mais antiga, que pertenceu à Capela do Espírito Santo, do séc. XVI, com um notável portal manuelino
Do lado poente ergue-se o Hospital, do séc. XVIII em cuja fachada se abre a porta principal encimada com o escudo de D. João V, em pedra calcária branca.
A Santa Casa da Misericórdia possui um rico espólio museológico salientando-se a coleção de pintura quinhentista. Aqui podemos admirar os dois quadros atribuídos ao Mestre da Lourinhã: São João Evangelista na Ilha de Patmos e São João Baptista em Meditação. De inspiração flamenga são considerados da melhor pintura da época no nosso país.
Morada: Rua da Misericórdia, em Lourinhã;
Telefone: 261411151; E-mail – scml.lourinha@oninet.pt
O Forte de Paimogo, classificado como Imóvel de Interesse Público está situado sobre as arribas da Praia de Paimogo. Foi construído em 1674 por ordem de D. António Luís de Menezes, Conde de Cantanhede também conhecido por Marquês de Marialva e herói das guerras da Restauração.
Trata-se de um pequeno forte abaluartado, de arquitetura militar barroca, de planta quadrangular que possui guaritas cilíndricas de cobertura cónicas e tinha por missão específica a defesa da praia do mesmo nome, de modo a impedir o eventual desembarque de tropas inimigas naquele local de fácil acesso.
Palco de eventos nacionais de surf, esta praia possui as condições ideais para a prática da modalidade. Tal como o seu nome indica possui um extenso areal que permite usufruir de uma enorme tranquilidade, mesmo em plena época alta.
Ponto de referência no turismo da região, possui todas as condições necessárias para proporcionar longos momentos de lazer. Com um leque variado de opções que vão desde minigolfe a aulas de surf e bodyboard, é o local ideal para quem procura animação e divertimento. Restaurantes, bares e esplanadas complementam a oferta turística.
Esta baía, cercada de beleza natural e protegida pelo Forte de Paimogo, do Séc. XVII, possui um pequeno areal onde as suas águas calmas convidam a um mergulho refrescante. Praia ideal para a prática de exploração subaquática, caça submarina ou pesca desportiva é ainda hoje um local de pesca artesanal, sendo a sua baía o porto de abrigo de muitas embarcações. A maré vazia descobre os antigos viveiros, testemunho de uma atividade já extinta.
A beleza natural do seu acesso esconde um ainda mais belo e extenso areal, que convida a longos passeios à beira mar. Foi aqui que naufragou o Galeão São Nicolau comandado pelo General Tristão de Mendonça em 1642, atribuindo a esta praia um importante marco histórico.
Nesta praia dotada de uma localização singular e mar geralmente calmo ainda é possível ver as pequenas embarcações de pesca artesanal ou de recreio em plena atividade. Porto da Barcas possui ainda uma das maiores concentrações de viveiros de marisco da Europa.
Praia calma e tranquila, ideal para a prática de mergulho e pesca submarina. O seu extenso areal convida a longos e bonitos passeios à beira mar.